A EVOLUÇÃO DA BARBEARIA

14-02-2022 | Barbearia Barberhood, Barbearia Lisboa, Barbearia Torres Vedras, Press

A EVOLUÇÃO DA BARBEARIA PASSA PELAS FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS 

POR FILIPA COSTA

 

Embora se continuem a adotar técnicas centenárias, a evolução da barbearia passa por o caso do famoso barbear à navalha com a componente da toalha quente sobre o rosto – hot towel shave – e de todo o ambiente vintage ou old school que a decoração do espaço revela, a barbearia foi inovando e desenvolvendo técnicas, ferramentas e respetivos equipamentos que facilitam, rentabilizam e melhoram a qualidade do seu trabalho.

Tudo isto, para proporcionar a melhor experiência possível aos clientes, tanto os de barba rija como as senhoras que optam pelos serviços de barbearia em vez dos de salão de cabeleireiro.

Salvador Rodrigues, barbeiro, fundador e CEO da Barberhood, começa por comparar a evolução entre os salões de cabeleireiro e as barbearias, e defende que: “embora nas últimas décadas a evolução tenha sido mais consistente no mercado feminino, se retrocedermos aos primórdios destas profissões, podemos constatar que a evolução e diversidade era superior nas barbearias” – vamos perceber porquê.

“Uma das primeiras grandes mudanças deu-se nos anos 80 com a compreensão da transmissão do vírus HIV. Nessa altura, os barbeiros viram-se obrigados a descartar as habituais navalhas que utilizavam para fazer a barba e finalizar a limpeza dos pelos do pescoço, e optarem por trabalhar com lâminas descartáveis e navalhas de lâmina descartável”, esclarece o barbeiro lisboeta.Em relação à evolução de todos os outros materiais de barbearia, essa foi motivada, sobretudo, por parte dos seus fabricantes. Peguemos no caso das icónicas cadeiras de barbeiro, uma peça fundamental que evoluiu tanto a nível mecânico como de conforto. Em termos mecânicos, Salvador explica que as cadeiras passaram a ser hidráulicas, “inicialmente, eram acionadas à mão na parte lateral e, mais tarde, na sua base, de maneira a poder ser ativada com o pé – uma inovação que conferiu mais conforto e menos desgaste físico ao barbeiro, tendo em conta que antes se via obrigado a inclinar-se cada vez que era necessário ajustar a posição da cadeira”.

Falando em percentagens, o barbeiro diria, sem grande rigor ou pormenor, que, hoje em dia, cerca de “85% dos hidráulicos são ativados com o pé, 10% também com o pé, mas de forma automática (elétrica) e 5% ativados com  a mão, para os puristas da barbearia clássica”.

E quanto aos materiais de corte e desbaste? Também sofreram alterações? 

O fundador e CEO da Barberhood diz-nos que sim. “Arrisco-me a dizer que a qualidade do aço, de uma forma geral, perdeu qualidade na sua constituição, contudo, a tecnologia é bastante superior – algo que acaba por permitir que os profissionais comprem tesouras de grande qualidade a um preço muito acessível”.
A nível do desenvolvimento das técnicas praticadas na arte da barbearia, este prende-se precisamente com a inovação das ferramentas e à maior compreensão e formação que os profissionais têm sobre o corte de cabelo e o arranjo da barba. Salvador afirma que “os métodos foram simplificados de forma a sermos mais rápidos e consistentes e as técnicas adaptadas às necessidades dos clientes e às tendências.


Mas a base da nossa arte já existe há muito tempo! Apenas nos adaptámos com a evolução da indústria, de uma forma geral”.

O IMPACTO DA ELETRICIDADE NA BARBEARIA

Os secadores e as máquinas de corte foram uns dos primeiros aparelhos elétricos a surgir na barbearia. Por volta de 1890 surge o primeiro secador a gás e, mais tarde, os secadores elétricos – que começaram a ser comercializados em 1920, bem como as máquinas de corte de cabelo elétricas. Para Salvador, a grande (r)evolução das ferramentas e equipamentos elétricos,
tanto nos salões de cabeleireiro como nas barbearias, teve início no anos 20 – altura em que se instalou uma maior preocupação com os cuidados de beleza, em ambos os géneros.

“Atualmente, uma grande parte da população frequenta cabeleireiros, barbearias, centros de estética e espaços de relaxamento, mas nem sempre foi assim. Estes serviços já foram inacessíveis para grande parte da população comum, seja por uma questão financeira ou outra”, lamenta.

Artigo escrito pela Revista @Beautyland

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